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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O que Deus vê.



Hey, você aí, já se decepcionou com alguém? Já se sentiu injustiçado?
Certamente já.

E se analisar friamente o real motivo das decepções e injustiças, o que você encontrará?
Muito provavelmente o depósito de expectativas em pessoas que não possuíam estrutura suficiente para suportá-las. Expectativas no reconhecimento, no prestígio pela ação correta. É assim que nós agimos.

Pergunte a maioria das pessoas que um dia estiveram sentadas nos bancos de uma igreja, e que hoje se encontram dentro de bares, boates e até bocas de fumo.
Você ouvirá uma série de histórias repletas de injustiças que geraram grandes decepções com aqueles que eram considerados seus irmãos na fé.

São pessoas que esperavam abrigo e ao contrário disso foram escorraçadas.
Queriam ouvidos amigos, e receberam línguas afiadas.
Buscaram irmãos e encontraram desconhecidos.

Uma história parecida com essa aconteceu com a personagem deste texto.

Agar era serva de Abrão (que depois se tornaria Abraão) e Sarai (que depois seria Sara).
Sarai não podia ter filhos, assim obrigou Agar a se deitar com Abrão e dar a ele o filho que não poderia gerar.

Não é de se admirar que Agar não gostasse de Sarai, muito menos do Deus a quem ela servia.
Sarai e Abrão, um casal escolhido para iniciar uma nação cujo Senhor Deus o chamaria de sua, escolheu Agar para assumir o papel de mãe no lugar de outra.

Quando Agar engravidou, resolveu zombar de Sarai por não poder ter filhos. Sarai se queixou a Abrão, e este optou por ser eximir de qualquer responsabilidade sobre o assunto (Gênesis 16 v6). Mesmo sabendo que Agar carregava em seu ventre um filho seu.

Assim que percebeu que Sarai iria tomar satisfações Agar fugiu. Fugiu para o deserto carregando mais do que um bebê em seu ventre. Carregou raiva, angústia, medo, e o mais pesado fardo daqueles que se sentem injustiçados.

Agar parou para descansar em uma fonte, e assim Deus, não o Deus conivente com as injustiças que seu povo cometera, e sim o Deus que ouviu o pedido de uma mãe em apuros, aparece para lhe dar promessas e mostrar a ela que tudo ficaria bem.
Naquele dia ela colocou sobre a fonte o nome “Tu És o Deus que me vê”

Deus move o coração de Sarai, Agar volta pra casa e da à luz a Ismael.

Tempos depois Isaque, o filho prometido a Sarai e Abrão, nasce e traz à casa toda a alegria que só quem recebe um milagre de Deus pode entender.
No primeiro desentendimento o instinto de Abrão ( Agora já Abraão) foi optar por Isaque ao invés de Ismael, e ele , dessa vez definitivamente, expulsa Agar novamente.

Mais uma vez, as coisas não pareceram tão justas quanto deveriam ser não é?
Leia a bíblia e você encontrará Abraão e Sara sendo mencionados como nossos pais na fé, heróis que deveriam ser lembrados, mas e Agar?

Agar não foi esquecida por Deus.
Talvez se o nome da fonte fosse “Abraão e Sara me viram”, ou “Alguém me viu”, isto tivesse acontecido, mas não. O nome da fonte deixou claramente especificado que quem estava com seus olhos atentos sobre Agar era Deus, e o Deus que vê é o mesmo Deus que não se esquece.

“Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti.” Isaías 49 v 15

“Os olhos do SENHOR estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor.” Salmos 34 v15


Quando a água de Agar e Ismael havia acabado, e a única opção que ela encontrou foi deixar seu filho de lado para que não o visse morrer de sede, o anjo do Senhor apareceu em meio ao deserto para lembrar que o Deus que vê é também o Deus que ouve.

“E ouviu Deus a voz do menino, e bradou o anjo de Deus a Agar desde os céus, e disse-lhe: Que tens Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está
Ergue-te, levanta o menino e pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação”
Genesis 21 v 17

Então a bíblia nos conta que Deus abriu os olhos de Agar e a fez ver um poço de água; e foi encher o odre e deu de beber ao menino.

O Deus que vê.
Viu Davi em um pasto e o tornou rei.
Viu José em uma cova e o tornou governador.
Viu Agar desistindo da vida de seu filho em meio ao deserto, e fez dele uma grande nação.

O Deus que vê é o mesmo Deus que não se esquece ...
Não se esquece das sementes que você plantou, das preces que você ja fez, da confiança que nele foi depositada.

O mesmo Deus que nos ouve ... Seja em orações, em clamores ou em gemidos.

O mesmo que nos faz ver... Que há uma esperança para os que nEle esperam, que há sonhos para serem alcançados, projetos a seres concluídos.

Sempre que quero forçar minha memória a se lembrar de algo tenho que colocar tal coisa em um lugar onde eu possa vê-la. Isto não funciona com você?
Como poderia ser diferente com Deus?
Como Ele poderia se esquecer de você se Seus olhos estão continuamente sobre sua vida?

Os olhos do Senhor sobre nós são a garantia de Seu cuidado para conosco.
É o que nos permite confiar que mesmo que tudo indique completo esquecimento, o Deus que vê permanecerá com seus olhos fitados em um futuro pra nós.

“Eis que os olhos do SENHOR estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia;” Salmos 33 v18


Essa postagem foi publicada no blog Lado C- Proprietária: Naiadi Balmant

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